quarta-feira, 8 de julho de 2009

Apêndice, prólogo ou epílogo

apêndice
s. m.
1. Parte que pende ou sobressai de outra parte principal.
2. Suplemento elucidativo.
3. Parte anexa a uma obra; acrescentamento; acessório.
4. Dependência.

prólogo
s. m.
1. Prefácio que antecede uma obra literária.
2. Primeiro acto! de um drama em que se representam sucessos passados muito antes da acção! principal.
3. Preâmbulo, preliminar.

epílogo
s. m.
1. Última parte de um discurso, na qual se faz uma leve recapitulação das razões principais que nele entraram.
2. Remate, fecho.



Difícil dizer o que foi a FAV na minha história, sabe? Ontem enquanto estava indo entregar as últimas notas, dos últimos trabalhos, pra últimas turmas, eu me toquei que lá se vão 10 anos desde a primeira vez que eu coloquei meus pés ali.
Foram tantas horas naqueles corredores, perambulando pelo estacionamento esperando sabe deus o que, num misto de tédio e ansiedade meio sem sentido. Conheci muita gente lá... o engraçado que conheci lá tanto as pessoas que mais adoro quanto as poucas que mais detesto.

Conheci gente inteligente, gente bonita, gente chata e ignorante também. Aquelas paredes já me viram querer tanta coisa que eu já não quero mais, buscar tanta coisa que hoje eu não acho mais valer a pena e principalmente acreditar em tanta coisa que eu já não acredito mais.

Ali tive um dos mais irrepreensíveis anos da minha vida (de 2002 a 2003) quando numa quarta eu colava grau e em 15 dias já entrava em sala de aula como professora, substituta sempre. No primeiro ano que dei aula lá eu me diverti tanto, tudo parecia tão bom e tão promissor. Foi nesse ano que conheci uma das turmas mais divertidas e talentosas com quem já trabalhei. È muito bom dizer que hoje esses talentosos alunos se tornaram amigos em alguns casos. Continuam mais talentosos que eu, evidentemente, mas ainda estão por aí...

Nesse mesmo ano eu passei e não-passei no mestrado. Em abril em fiquei em 11º (só tinham 10 vagas) e em dezembro era a primeira colocada da nova seleção. Nunca vou deixar de pensar em como teria sido diferente se o Jofre, meu orientador, não tivesse ido embora. Claro que pra ele deveria ter sido bem pior, afinal hoje ele ta lá na Anhembi Morumbi, que só de ser em SP já tem pontos a mais comigo. Eu gosto de alimentar a ilusão que se tivesse sido ele o orientador e não Drª Vaca, tudo teria sido menos traumático e mais divertido.

Ainda bem que pra suportar os traumas existiam meus amigos do mestrado. Fugas para o shopping, horas no Glória ou madrugadas na Rafa, amenizavam muito as coisas. Achava o máximo a Nancy ser tão inteligente e não ter nada de arrogante, qualidade que eu nunca vou ter. Aparentemente é uma unanimidade que a maneira como eu expresso o meu “brilhantismo” é bastante ofensiva, mas enfim, esse é assunto pra uma outra sessão, doutor.

Mas agora, depois de 4 anos de graduação, 2 de mestrado e 2 contratos como professora substituta, fechou-se o ciclo. Caí na real que depois de 10 anos de história num lugar tem certas marcas e impressões que você criou que já pré determinam muito coisa. Pode passar o tempo que for e as mudanças que eu quiser que pra eles eu sempre vou ser teimosa demais, ou decidida demais, ou certinha demais. (por favor ninguém venha me tirar a ilusão de que bem ou mal eu sou demais para aquele lugar.)

Então é isso, fechar os diários, publicar as notas, assinar e entregar tudo.
Um fim... ou um começo... whatever

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